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A Voz Feminina Na Locução

Vocês sabiam que nas primeiras transmissões de rádio era comum homens imitarem a voz feminina?

Se pensarmos que a publicidade cria moda, segue a moda, e É a moda, podemos dizer que a publicidade está intrinsecamente relacionada ao comportamento de uma sociedade.

Neste artigo, vou falar sobre a locução publicitária feminina, dentro desse contexto.

A Publicidade Rádio

No brasil, podemos dizer que a mídia eletrônica começou a funcionar e se desenvolver nos anos 30. Foi quando as ondas do rádio começaram a se popularizar.

Na verdade, foi exatamente em 1922 quando a primeira transmissão de rádio ocorreu, segundo a EBC.


Analisando o comportamento social da época, era uma sociedade patriarcal e machista. Se a mulher não tinha voz nem dentro de casa, muito menos teria na publicidade!

Por isso os homens imitavam as vozes femininas nas publicidades. E assim a voz feminina não era muito utilizada na publicidade.

A Chegada Da Televisão


Com a TV chegando no Brasil por volta dos anos 50, a mulher já começa a encontrar um novo cenário E um novo mercado.

As anunciadoras da televisão eram chamadas de “merchandetes“. Começaram a apresentar produtos como liquidificadores, produtos considerados femininos.

Assim, a mulher começa a ter voz. E não só na venda, mas na compra, inclusive

Começa a ter voz na compra, inclusive. Não só na venda.

Esse mercado para vozes femininas vem crescendo à medida em que o comportamento da sociedade vem mudando. Tudo na mesma velocidade.

Hoje, podemos ouvir vozes femininas em comerciais de carros, bancos, bebidas, cervejas… Um universo que antes era totalmente masculino.

Hoje em dia, a voz feminina ganhou força. Hoje, ela fala, ela tem voz. A mulher é quase 52% da população brasileira, e na maioria das vezes, é o “homem” da casa.

A mulher fala, a mulher compra e a mulher tem voz.

A Voz Feminina Na Locução Atual

Para situar essa situação hoje em dia, uma pesquisa feita pela Universidade de Albany (EUA) sobre vozes femininas e masculinas em campanhas eleitorais mostram que apesar da voz masculina ainda ser a mais usada nesses casos, a voz feminina é considerada mais eficiente para convencer eleitores incertos com textos.

Os pesquisadores percebem que as vozes, na maioria das vezes, são associadas a estereótipos ligadas ao homem e à mulher.

O masculino seria mais assertivo. E o feminino mais passional, receptivo, caloroso.

E é por essa razão que esse tipo de dado é fornecido para sistemas de telefonias e de inteligência artificial. O estudo provou que a mulher é mais receptiva, e por isso, mais usada nesse contexto, também, de vozes comerciais.

No entanto, a pesquisa fala também desse paradoxo de uma sociedade que está em mudança mas que ainda usa mais vozes masculinas na propaganda. Fica o questionamento…

Mas é muito bom poder dizer que existe espaço para a voz de todo mundo.

E você, o que acha do uso e do espaço da voz feminina na locução? Conte nos comentários!

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